Cada dia era uma luta. Descarregar, montar, consertar, fazer o serviço na hora ou fazer entrega. Depois da feira ir consertar fogão à domicilio, dia após dia, ano após ano, por 10 anos, até chegarmos nos 57 anos...Minha definição eu acho que é a perseverança e a fé em deus.
Nos anos 1970, 1980,1990, antes a mercadoria era colocada sobre uma lona de uns 6 metros sobre o chão, tudo mais ou menos organizado. Aí, se chovia, era aquela correria tinha que guardar correndo, tinha que ser meio vidente pra adivinhar se ia chover, pois a enxurrada poderia arrastar tudo. Sempre ficávamos ensopados iguais a um pinto molhado. Frio, dor, câimbra. Sobre a fiscalização, quando vinha aprendia quase tudo. Tempo difícil. Vi minha mãe chorar muito.
Só Deus sabe o que minha mãe passou. Minha mãe sempre foi muito serena, econômica, centrada. Não fazia planos sempre realista. Deus sabe do sofrimento de quem trabalha na rua. Quanto ao meu pai, sempre otimista acreditando em dias melhores...
Zuca (José Joaquim Neto)
por Museu da Pessoa
Maria da Paz Teófilo da Silva
por Museu da Pessoa
Natalia Theil
por Museu da Pessoa
Luan Luando
por Museu da Pessoa
Samuel Silva
por Museu da Pessoa
Belísia Barreto Mourey (Dona Bela)
por Museu da Pessoa
Museu da Pessoa está licenciado com uma Licença
Creative Commons - Atribuição-Não Comercial - Compartilha Igual 4.0 Internacional