História de:
Benito Francisco Vasques
Autor:
Benito Francisco Vasques
Publicado em:
24/04/2007
Tentávamos organizar um grupo de estudo pré-vestibular na casa de nosso amigo Marceleza, lá em Santos, por volta de 1998. Foi uma ilusória tentativa de estudar num grupo tão irresponsável e mágico daqueles, em tardes regadas a discos maravilhosos e conversas que sempre terminavam num caminho praieiro. Numa dessas tardes eu tomei em minhas mãos um livro com um título que me apaixonou e que carrego comigo no peito até hoje: Os Sonhos não Envelhecem. Naquele período pretensamente de estudo foi o livro que li. O Marceleza me emprestou, eu o li em dois dias, deitado no quintal e na sala deserta e nunca mais saí de casa do mesmo jeito. Passei na prova de Humanidade. Percebendo o meu deslumbramento, meu "start" para aquilo de lindo e vivo que já os embalava, meu outro amigo, Mário Alípio, me presenteou com um disco, em encarte original e desdobrável chamado Milagre dos Peixes, junto de um empréstimo de outro disco, Milton, com o Som Imaginário. Pirei Passei a vasculhar alguns sebos e comprar muitos discos do Clube da Esquina (Lô, Beto, Nivaldo Ornellas, Wagner Tiso), que passou a ser o meu som, a frase na minha camiseta. Até hoje, em meio a minha paixão pelo Jazz, é o que mais escuto. E aquele livro eu nunca cheguei a ter. O presenteei à minha então namorada como um ato de grande amor que foi, mas foi. E o livro agora não está em catálogo. Preciso lê-lo novamente, pois cada lance de poesia, espontaneidade e amizade que me acende no peito me recorda de forma mágica aquele texto. Nada disso envelheceu.
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