História de:
Antônio Carlos Tadeu de Souza
Autor:
Taynah Carlos Perfeito
Publicado em:
18/06/2021
Antônio nasceu em uma família de sambistas, cresceu neste universo e não imagina sua vida longe desse mundo encantador, a Vai-Vai é seu mundo, sua realização.
Projeto: Cabine de Depoimento – Vai-Vai
Realização Instituto Museu da Pessoa
Entrevista de Antônio Carlos Tadeu de Souza
Entrevistado por (não consta)
São Paulo (não consta), agosto de 2000
Código: VAI_CB003
Transcrito por Maria da Conceição Amaral da Silva
Revisado por Thaís Bender Cardoso
P/4 – Qual o seu nome, data e local de nascimento?
R – Antonio Carlos Tadeu de Souza. Eu tenho cinquenta anos, vou fazer cinquenta anos. Sou de 13 de fevereiro de 1951.
P/4 – Você nasceu aonde? São Paulo mesmo?
R – São Paulo.
P/4 – Qual a primeira lembrança que você tem do carnaval?
R – A primeira lembrança é que eu sou uma pessoa que eu venho de infância no carnaval, né? Minha família é família de sambista. Então eu venho de infância.
P/4 – Sua mãe?
R – Minha mãe era da Ala das Baianas da Escola de Samba Lavapés, muito lá pra trás e tal. Costurava, fazia roupa e tal.
P/4 – Em que ano ingressou na Escola de Samba Vai-Vai?
R – A minha chegada no Vai-Vai foi na década de 70. 1970, quando eu comecei a chegar na Vai-Vai.
P/4 – Quais as funções e alas pelas quais você passou?
R – Eu já cheguei saindo na Bateria. No terceiro ano eu assumi o comando da Bateria, como mestre da Bateria, e estou até hoje. Que no qual eu tenho três função: sou Vice-presidente da Escola; sou Mestre da Bateria e sou o Presidente da Ala de Compositores da Escola.
P/5 – Se você fosse explicar pra um turista que nunca viu o carnaval, o que você poderia contar que era a Bateria da Vai-Vai? Como é que ela é feita, como é que ela é constituída?
R – É constituída que é o seguinte, são vários elementos. E ela é dividida em partes. Então ela vem com tamborim, ela vem com caixa, surdo, reco-reco, repique, agogô, chocalho, cuíca. Ah, a gente forma uma grande Bateria. Com todos esses instrumentos a gente consegue fazer uma harmonia num ritmo só. Juntando todos os instrumentos a gente consegue fazer uma grande harmonia. Certo? É aí que da grande harmonia que a gente consegue fazer aquele ritmo gostoso, aquele ritmo bonito que vai tocar mais ou menos para quatro mil pessoas. Que é o contingente de elementos que tem na Escola de Samba Vai-Vai, que desfila no carnaval de São Paulo.
P/4 – O que a Escola de Samba Vai-Vai representa na sua vida?
R – Eu acho que é tudo, né, porque acontece que eu passei a parte da minha juventude todinha enfiado aqui dentro da Escola. [inaudível] na vida, é minha vida e vai continuar até morrer. É uma coisa que eu aprendi, é uma coisa que eu gosto. Tenho como lazer, tenho como cultura e tenho como trabalho também.
P/4 – Você canta [inaudível]?
R – Não. Sou péssimo pra cantar.
P/4 – Mas é um excelente batuqueiro.
R – Certo. Meu negócio é ritmo. Administração.
P/5 – Qual um desfile inesquecível da Vai-Vai?
R - Na minha opinião foi “Banzai Vai-Vai”, ultimamente. Quando nós entramos na avenida a gente já sabia que ia ser campeão. Foi um tremendo enredo.
P/5 – Está ótimo. Muito obrigado.
R – Obrigado vocês.
P/4 – Muito obrigado.
Natalia Theil
por Museu da Pessoa
Sandra Bose
por Sandra Bose
João Marcelo Emediato
por Natália Gonçalves
Luiz William Labate Galluzzi
por Museu da Pessoa
Belísia Barreto Mourey (Dona Bela)
por Museu da Pessoa
Nelson de Souza Lima
por Nelson de Souza Lima
Museu da Pessoa está licenciado com uma Licença
Creative Commons - Atribuição-Não Comercial - Compartilha Igual 4.0 Internacional