Antônio Carlos Fon. Jornalista. Aposentado. Militante. Comunismo. Primeiro de Maio. Dia dos trabalhadores. Ações.
Projeto: Primeiro de Maio
Entrevistado por:
Depoimento de: Antônio Carlos Fon
Local: 1º de maio
Realização: Museu da Pessoa
Entrevista: Cabine 4
Código: MAIO_CB004
Transcrito por: Écio Gonçalves da Rocha
Revisado por: Simone Castro
P/1 – Por favor, o seu nome completo, data e local de nascimento.
R – Antônio Carlos Fon. Nasci no dia 10 de dezembro de 1945 em Salvador, Bahia.
P/1 – E qual foi o seu primeiro emprego?
R – O meu primeiro emprego foi numa farmácia, sem registro em carteira. Eu tinha 12 anos. Fazia entrega de remédios e varria a calçada.
P/1 – Isso foi onde? Na sua cidade?
R – Aqui em São Paulo.
P/1 – Você se lembra do dia em que o senhor recebeu o seu primeiro salário?
R – Lembro sim. Eu levei pra casa e entreguei à minha mãe.
P/1 – E a sua mãe usou o seu salário como os demais?
R – Sim, como todos nós. Todos nós trabalhávamos desde muito criança.
P/1 – O senhor é aposentado?
R – Hoje eu sou aposentado, mas continuo trabalhando porque a aposentadoria nesse país... Tem que continuar a trabalhar.
P/1 – E qual foi a sensação quando o senhor se aposentou?
R – Que precisava continuar a trabalhar.
P/1 – Teve algum outro primeiro de maio que foi marcante na sua vida? E por que?
R – Vários primeiros de maio foram marcantes. Eu sou comunista, os primeiros de maio são marcantes, sempre foram. Nesta data eu já fui de tudo: militante, segurança de comício, ajudei a derrubar o comício da ditadura em 1968 na Praça da Sé, fiz segurança em comício do Lula. Primeiro de maio, pra mim, é o meu dia. Eu sou comunista, como te disse.
P/1 – Tem algum evento em especial que foi marcante?
R – Derrubar o palanque da ditadura e botar o governador pra fora da festa dos trabalhadores em 1968 na Praça da Sé.
P/1 – Nesse evento o que o senhor fazia? O senhor estava trabalhando ou o senhor foi participar do evento?
R – Não, eu fui como militante.
P/1 – Tá bom. Muito obrigada pela presença.