História de:
Elisângela Nogueira Janoni dos Santos
Autor:
Elisângela Nogueira Janoni dos Santos
Publicado em:
13/10/2014
Ser professor tem suas contradições. É preciso muita esperança para não desanimar. Não há só pedras pelo caminho. Também há flores, desde que você consiga enxergar!
Em 2013, quando cheguei na EMEF João Domingues Sampaio para trabalhar como Coordenadora Pedagógica, fiquei surpresa ao ver o número de alunos bolivianos e descendentes de bolivianos que lá estudavam. Iniciamos uma discussão acerca do tema Cultura Popular em diferentes linguagens no horário de trabalho coletivo e parece que um imã atraiu muitas outras ações, espaços e parcerias para ampliar nosso repertório. Visitamos o pavilhão das Culturas Brasileiras, o Museu Afro Brasil com os alunos, ambos no Parque do Ibirapuera, lemos entre tantos outros textos, um trecho que me marcou da Revista Carta Fundamental (junho/julho/2013) que dizia que "(...)inserir cultura popular é abrir espaço para uma escola de criação, cujo grande exercício é o da liberdade, por experiências com o corpo, com a música, com as artes plásticas, com a palavra, o espaço e o outro.(...).
Convidamos o grupo Cantuta de danças folclóricas latinas para se apresentarem em nossa Mostra Cultural, levamos meninos e meninas para apresentarem uma dança estilo "Maculelê" na Universidade para outros educadores; visitamos (equipe gestora) o Projeto Âncora em Cotia, conversamos com o professor José Pacheco para ampliarmos nosso olhar para as possibilidades de organização dos tempos e espaços; fomos com os professores e funcionários na exposição "Gênesis", de Sebastião Salgado para refletirmos um pouco sobre o ser humano enquanto espécie biológica produtora de culturas diversas no sentido mais amplo da expressão.
Quem aprendeu mais naquele período? Eu mesma! Todas estas experiências e mais algumas me fizeram enxergar a escola não somente como instituição de ensino, mas para além disso, como um pólo cultural que me possibilitou aprender novas culturas e novas linguagens. Mais do que isso, me fez aprender junto com os outros professores, estudantes, funcionários, seres... humanos...da mesma espécie... especiais! Talvez este seja um desafio de educadores: enxergar o verbo educar, como sugere o professor Vitor Paro, como "verbo reflexivo"!
Elenilde Dias Fernandes
por Museu da Pessoa
Nelson de Souza Lima
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