História de:
Antonio Roldão
Autor:
Sabrina Sanches
Publicado em:
17/11/2017
O Projeto "Todo lugar tem uma história para contar" foi desenvolvido pelos alunos de 3º, 4º e 5º anos da rede Municipal de Ensino de Buritama em parceria com a AES Tietê e O Museu da Pessoa. O trabalho apresentado foi realizado pelos alunos do 5ºano C da EMEF Maria do Carmo Cunha Guerbas sob orientação da Profª Sabrina e das gestoras da Unidade Escolar, diretora Marinês e coordenadora Ana Paula.
A comunicação em família é muito importante. Serve para estabelecermos contato com as pessoas, para dar ou receber informação, para expressar e compreender o que pensamos. Muitos de nós já ouvimos pessoas mais velhas dizerem que, quando eram crianças ou adolescentes, a forma como eram tratadas era bem diferente de hoje em dia. As relações das famílias com as crianças sofreram grandes transformações com o passar do tempo. Antonio Roldão nos relata como ficou conhecendo sua identidade apenas aos 8 anos de idade, quando foi para a escola pela primeira vez. Uma história engraçada, porém, um tanto reflexiva que retrata a falta comunicação e diálogo entre as famílias daquela época.
Quando eu tinha oito anos, fui para a escola pela primeira vez, com o meu irmão que já fazia o 2º ano. A pé, de short, suspensório de pano, descalço, com um embornal nas costas, carregando apenas um lápis, uma borracha e um caderno. Chegando na escola Álvaro Alvim, a diretora ficava num palco à frente dos alunos para fazer a chamada antes de entrar para a sala. E eu ficava ali, tímido, quietinho, aguardando ser chamado junto ao meu irmão. E assim ela foi chamando os alunos, um a um, formando uma fila. De repente, ela começou a chamar: “ Antonio Roldão!, Antonio Roldão!, Antonio Roldão!”. E eu ali, parado, só observando o movimento. Nem me mexia, pois todos me chamavam por “Tonho”, meus pais me chamavam assim e dessa forma eu me identificava. Foi aí que meu irmão, me puxou pelo cabelo e me empurrando, levou-me até o centro do palco, dizendo: “Tonho, não tá vendo que estão te chamando, não?” Envergonhado, tomei meu lugar na fila, meio sem entender o que estava acontecendo. Foi naquele momento que eu descobri a minha identidade e “ Tonho” era só um apelido.
Maria Aparecida Vicente de Aguiar Alecrim
por camara cidada caparao
Dulce Sardinha de Vasconcelos
por Museu da Pessoa
Alice Ribeiro
por Alice Ribeiro
André Lucas Durigan Sardinha
por Museu da Pessoa
Belísia Barreto Mourey (Dona Bela)
por Museu da Pessoa
Kaká Werá Jecupé
por Museu da Pessoa
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