História de:
Thais Cardoso Barbosa
Autor:
Thais Cardoso Barbosa
Publicado em:
15/12/2020
Diário de Thais Cardoso Barbosa, 10 de outubro de 2020.
Querido Diário, a primeira história é a do Chuvisco, que é o meu gatinho, mas que não existia antes dessa loucura chamada quarentena. Era comecinho de quarentena, abril ainda, se não me engano. Eu saio para andar, aqui, em volta de casa. Então, dei a volta no quarteirão com a minha mãe, e estava conversando sobre como queria um animalzinho. Enfim, falei para ela, naquele dia, que eu queria muito, que se houvesse algum gatinho perdido pela região, gostaria muito que ele aparecesse em casa, pois eu não teria como dizer não, eu ia ter que adotar. Falava isso, um pouco, para encher o saco da minha mãe, cutucando, porque ela falava que não queria que eu adotasse. E, exatamente, no mesmo dia - parece mentira, mas é verdade, nesse mesmo dia, que fizemos essa caminhada a tarde, e que falei para minha mãe que eu queria muito um gatinho, que daria tudo para que um aparecesse na minha vida - à noite, era um sábado, quando estávamos vendo um filme na sala com meus pais, ouvimos um miadinho. No começo, eu achei até que fosse coisa da minha cabeça, porque eu queria tanto um gato que, às vezes, eu cismava que estava ouvindo miado e não era nada. Mas, dessa vez, minha mãe e meu pai falaram: “Tô ouvindo, tô ouvindo”. Então, a gente abriu a porta de casa e, na escada, tinha um gatinho - que, hoje, é o Chuvisco - miando desesperado de fome. Eu fui correndo e gritei pro meu pai: “Pelo o amor de Deus, não deixa ele ir embora”! Fui correndo, peguei um potinho de atum, dei para ele e, até hoje, eu não entendo direito o fato dele ser muito dócil, desde o começo. Desde o primeiro dia que a gente se encontrou, ele esfregava, fazia carinho, tipo, ele ficou juntinho de mim. E, normalmente, não é como um gato perdido se comporta, por exemplo, um gato de rua. Mas, enfim, ele realmente estava completamente magro. Não havia nenhuma dúvida de que ele estava abandonado. Não havia nenhuma chance de ser um gato perdido, pela forma como ele estava. E, desde então, não larguei mais o meu gatinho, meu maior grude da quarentena. Quem diria! Acho que essa é minha história com um fato curioso. Hoje em dia, ele chora se me vê saindo de casa. Hoje, eu saí para dar uma volta e ele estava no quintal de casa. Eu tenho que sair escondido. Ele vai até a porta do quintal, não sai de casa, fica na porta miando, miando e miando, reclamando que eu estou saindo de casa.
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