História de:
Leandra Migotto Certeza
Autor:
Leandra Migotto Certeza
Publicado em:
14/11/2020
Diário de Leandra Migotto Certeza, 21 de agosto de 2020. Jornada, dia 3.
Foi lá que eu senti felicidade e acolhimento pela primeira vez. Lembro do suco de uva, do pão de forma em quadradinhos com manteiga, da sopa de mandioquinha, do arroz doce, do purê de batata com carne moída bem temperadinha... Lembro de correr de bundinha pelos tacos de madeira de sala e chegar até o quarto de bonecas e brinquedos. Era lá que eu conseguia viajar em minhas estórias, trocando as roupinhas, fazendo comidinha e falando sozinha cada voz dos seres imaginários que eu criava... Mas era no quarto quentinho em cima da casa que eu deitava na cama fofinha ao lado do armário e viajava nas estórias contadas dos livros coloridos ou da cabeça da minha amada avó! Ela era quem me fazia sentir os momentos mais preciosos de toda a minha infância! Como eu sonhava... Como eu queria sonhar mais! Imaginava cada estória com uma riqueza de detalhes impressionante! Minha avó fazia as vozes diferentes de cada personagem... E contava como eles eram em variados mundos: neve, chuva, floresta, jardim, céu, rios, lagos, casas, e tantos lugares... Com 'o gelinho', 'o patinho feio', 'as rosas branca e vermelha', 'o ursinho', 'o bicho folharada', 'o tigre que virava manteiga', 'o caçador', e tantos seres viventes e não viventes, minha VIDA começava a ser escrita em minha mente e em minha alma... Se hoje sou ESCRITORA sei que foi na infância vivida dentro das estórias - contadas por minha avó - que abri as postas da imaginação...
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