História de:
Raquel da Silva Santos
Autor:
Raquel da Silva Santos
Publicado em:
27/08/2020
Diário de Raquel da Silva Santos, 27 de agosto de 2020.
Em março surge algo diferente. Uma pandemia que inicialmente ninguém sabia como lidar. E agora? Continuamos as nossas ações? Paramos? Como agir nesse momento? Em abril, mesmo com medo do desconhecido começamos a ajudar pessoas carentes com cestas básicas. Ainda lembro a sensação de estar com o uniforme do projeto. Nossa camiseta tem um coração estampado e ele fez um sentido enorme naquele momento, como se fosse um escudo de amor. E algo que começou tímido foi aumentando. E o medo da pandemia? E a fome do meu próximo? Quantas vezes fomos, com medo, em mercados para comprar alimentos e montar as cestas básicas. Quantas vezes fizemos a entrega deixando de lado nossos sentimentos e só pensando na dor e na fome do outro. Mas percebemos que a solidariedade é maior que o medo de uma doença e que não poderíamos ficar parados nem nesse período, pois muitas pessoas perderam empregos e começaram a nos procurar. De abril a julho fomos às ruas e fizemos alianças com outros grupos e percebemos que juntos poderíamos ir mais longe. Quero citar a Diocese de Osasco, O FBFB, o Semeando Amor, as Pastorais Sociais e a Catedral Santo Antônio, pois não fizemos nada sozinhos e sim juntos, formando assim um grupo muito forte e pronto para ajudar os que mais precisavam. Em julho nosso grupo voltou às ruas, com todas as medidas de segurança necessárias. Nesse período o que tiramos de tudo é uma lição. A de que Deus de alguma maneira quis dar um recado para os seus filhos. Muitos começaram a refletir sobre as coisas mais importantes como o amor, a fé, e a caridade. A pessoa não é voluntária porque quer, mas porque Deus a escolhe para essa missão. Cada vez que ajudamos ao próximo, nos colocamos no lugar do outro e as sentimos as suas dores. A ajuda vem sem questionamento, naquele momento, pouco importando o que fez a pessoa chegar àquela situação. O que importa é o que nós podemos fazer para ajudar a quem precisa. Nesse período foram doadas: cestas básicas, refeições, móveis, itens de higiene e também conseguimos internações.
O trabalho não pára. Não há ainda uma vacina contra a Covid-19, porém continuamos com todo o cuidado e não vamos parar, pois foi Deus quem nos capacitou. Eu falo em nome do Para Sempre Amigos, mas gostaria de assinar como a União de grupos citados acima, pois foi sim uma ação conjunta. Gostaríamos de agradecer ao Blues pela Vida Together pelo apoio, incentivo e doações, aprendemos muito com vocês. Agradecemos a oportunidade de deixar aqui o nosso depoimento e se puder escolher uma palavra para terminar esse texto, a palavra será amor, pois com ele aprendemos todos os dias a fazer o nosso melhor.
Maria Gercina Simão de Oliveira
por Museu da Pessoa
Natalia Theil
por Museu da Pessoa
Dulce Sardinha de Vasconcelos
por Museu da Pessoa
Antonio Favano Neto
por Museu da Pessoa
Paulo Cipassé Xavante
por Museu da Pessoa
Carlos Eduardo Rahal Rebouças de Carvalho
por Museu da Pessoa
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