História de:
Hilda Almeida dos Santos
Autor:
Coleção Alagados
Publicado em:
29/07/2020
Hilda expressa a sua ligação profunda com o bairro do Uruguai e a sensação de segurança que nasce desse pertencimento.
Essa rua aqui, os meninos mesmo falam: “- Mainha, você não sai daqui mainha!”, Eu digo: “ - Mas como é que eu vou sair daqui? Todo mundo me conhece e conhece vocês, aqui a porta fica aberta né”. É que aqui tinham a mania de sair, de morar nas casas, saiam e deixavam tudo aberto. Graças a Deus ninguém nunca entrou em casa, a gente sai de manhã, de madrugada, qualquer hora do dia ou da noite, nesse bairro todo. Nessa violência que tá aí, eles saem qualquer hora, qualquer dia e qualquer momento. Todo mundo conhece né? Então, como é que a gente vai sair pra um outro bairro que não conhece, desconhecido, até se habituar. E eu gosto muito do Uruguai! Eu já poderia ter comprado uma casa própria pela Caixa, mas a Caixa só oferece casa em outros lugares distantes, que eu tenha a possibilidade de pagar mensalidade, é distante. Então eu não saio. E depois já trabalho né, na igreja, então já tenho uma raiz profunda aqui nesse bairro, já conheço, já tenho. É bom mudança, mas mudança de algumas coisas (risos)
Mayara Rocha
por Mayara Rocha
Fábio Marcondes
por Fábio Marcondes
Carlos Eduardo Rahal Rebouças de Carvalho
por Museu da Pessoa
Luiz William Labate Galluzzi
por Museu da Pessoa
Maria da Saúde de Souza
por Museu da Pessoa
Kaká Werá Jecupé
por Museu da Pessoa
Museu da Pessoa está licenciado com uma Licença
Creative Commons - Atribuição-Não Comercial - Compartilha Igual 4.0 Internacional